Sanjukta se recusa a deixar a escola
Quando Sanjukta foi eleita 'presidente' do parlamento infantil da escola, ela não contou nada em casa. A mãe só quer que ela saia da escola e comece a trabalhar. Os pais de Sanjukta trabalham em diferentes construções. Eles cavam, carregam tijolos e misturam cimento sete dias por semana. Há três anos, a mãe de Sanjukta implica com ela e diz que ela deveria ir com eles. – Saia da escola e comece a ganhar dinheiro para a família, grita a mãe. Sanjukta se recusa e, de vez em quando, a mãe fica tão brava que bate nela. Isso é injusto. – Meus irmãos têm permissão para ir à escola! – É diferente para os meninos, diz a mãe. Ela própria não sabe nem ler e nem escrever. A professora de Sanjukta tentou argumentar com ela. – Você não quer que sua filha aprenda mais e tenha melhores oportunidades na vida do que você? Porém, a mãe é teimosa, ela acha que educação para meninas é um desperdício. O pai sabe ler e escrever um pouco e não tem nada contra o fato dela freqüentar a escola. Entretanto, ele não se envolve na discussão. Acorda às quatro da manhã Como Sanjukta é a única menina da família, ela tem que cuidar de todos os afazeres domésticos enquanto os pais trabalham. Ela limpa, lava roupa, busca água, cozinha e toma conta dos irmãos menores. Seus quatro irmãos nunca ajudam. – Isso é coisa de menina, dizem eles, e os pais concordam. Às quatro da manhã, Sanjukta levanta e busca água. A Ruchika construiu bombas na favela para que as crianças não adoeçam devido à água suja. Sanjukta vê meninas e mulheres vindo de todas as direções com baldes e panelas. Quando volta, Sanjukta acende o fogo para a mãe fazer o café da manhã. Depois, ela limpa o chão e o jardim enquanto os irmãos e o pai começam a despertar para a vida.
segunda-feira, 5 de março de 2007
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